"um espaço em construção, uma performance em construção, um performer cego para perturbar os sentidos e a perceção do espetador".
Astronauta ou retornado, como um clubber ao amanhecer, o bailarino esgota esse transe solitário e flerta com os seus limites físicos, questionando a sua própria integridade num claro-escuro incisivo e intransigente. A coreografia a solo é abordada como uma experiência onírica enraizada na mais assustadora das realidades.
Espaço enorme, desproporcionado, fragmentos de espaços imaginários, utopias incrustadas no corpo, alhures invencíveis, contra-mundos, um aqui irremediável....
" Afinal, o corpo do bailarino não é precisamente um corpo dilatado em função de todo um espaço que lhe é simultaneamente interior e exterior?", perguntava Michel Foucault, inspirador deste espetáculo a solo.
"um espaço em construção, uma performance em construção, um performer cego para perturbar os sentidos e a perceção do espetador".
Produção: SINE QUA NON ART
Com o apoio do Centre Pompidou-Metz
Conceito - Coreografia - Cenografia: Christophe Béranger, Jonathan Pranlas-Descours
Performance: Jonathan Pranlas-Descours
Música: Extractos da conferência de M.Foucault 'le corps utopique', P.Mayer / Himmelfahrt, Marvin Gaye / Got to give it up
Gravação e edição de som: Jonathan Pranlas-Descours
Duração: 25'min